Por que as crianças têm tanta otite?

Não é só impressão não, sim, crianças tem muito mais que otite que adultos e elas pioram quando acontece o retorno às aulas. Você já pensou o por que?

A primeira causa está relacionada à exposição. Crianças naturalmente se expõem mais a vírus e bactérias. Crianças não higienizam a mão o tempo todo, as levam a boca muito mais vezes, a própria forma de brincar e explorar o ambiente acaba a tornando  mais exposta às infecções que podem acarretar a otite. Somando a isso, ainda está sendo formada a chamada “imunidade coletiva” perdida durante o isolamento da pandemia e, com isso, elas estão mais suscetíveis a infecções.

Outro ponto que contribui para o maior número de otites é a própria anatomia. As crianças possuem uma face menos alongada comparadas a de adultos, com isso, sua tuba auditiva é mais horizontalizada, facilitando que secreções, vírus e bactérias da rinofaringe migrem para a orelha média. Já em adultos, a tuba auditiva mais verticalizada, com o auxílio da gravidade, protege o ouvido de afecções que acometem o nariz.

Agora que entendemos o motivo das crianças com mais otite, a questão passa a ser, como identificá-las.

Muitas otites, como as secretoras, ocorrem de forma silenciosa, não causando dor ou febre. Porém, a ocorrência de otites médias alteram o funcionamento da orelha média e causam perda auditiva condutiva. Diante disso, a suspeita de uma dificuldade auditiva da criança pode ser sim um indício que auxilie no diagnóstico da otites. Porém, apenas a suspeita não é o suficiente. Então, quais exames podemos utilizar?

Os exames que compõem a avaliação audiológica básica: a audiometria e, principalmente a imitanciometria. A imitanciometria tem como um dos objetivos avaliar o funcionamento da orelha média ( justamente a estrutura comprometida nas otites) e tem como vantagem o fato da criança não precisar responder e poder até está dormindo. Já a audiometria vai nos auxiliar a quantificar o impacto dessa otite na audição, ou seja, quanto de perda auditiva está acontecendo. Vale lembrar que apesar de muitos falarem que não, criança faz audiometria sim!

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Sobre Erica Sitta

Sou Fonoaudióloga formada pelo Centro Universitário de Araraquara (UNIARA). Pós-graduada em Motricidade Orofacial; Atuação em Motricidade Orofacial em casos Odontológicos; Voz; Neurociência e processo de envelhecimento cerebral pela Universidade de São Paulo (FOB/USP). Formação em Thai Massagem, Massagem com pedras frias e quentes e também em Bambuterapia. Pós-graduada em Biopsicologia: Ciência do corpo e da mente pelo Instituto Visão Futuro. Mestre em Ciências (Atuação em Saúde Coletiva) pela Universidade de São Paulo (FOB/USP). CRFa 2-15522 Professora de Hatha e Tantra Yoga.

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